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Opinião Young-Adult: "O Sol Também É Uma Estrela" de Nicola Yoon

março 17, 2018 Inês Santos 0 Comments


CONTINUO A NÃO SER FÃ

À semelhança do outro título da autora que já tinha lido e classificado com duas estrelas, Tudo, Tudo... e Nós, Este livro também não me convenceu. Achei a história de Natasha e Daniel bastante real e dramática, no sentido positivo, mas a forma como a autora a contou acabou por ser demasiado filosófica e extensa. Assim temos algo que se passa apenas num dia e que irá fazer render páginas e páginas, com alguns flashbacks pelo meio.

Os primeiros "capítulos explicativos", que a autora mistura no meio dos do Presente e do Passado, foram os piores. Para mim foi algo decisivo para cortar o interesse inicial da leitura, interesse esse que se manteve sempre muito em baixo de forma.

Gostei dos confrontos entre as personagens principais e até entre estas e as secundárias, incluindo a cena do pai e irmão de Daniel. Estas sim valeram a pena porque contribuíram para um pouco mais de acção e menos conversa.

As temáticas continuam a ser boas, mas as personagens parecem-me sempre tão pouco desenvolvidas. Natasha ainda me surpreendeu algumas vezes com as suas atitudes muito adultas e as suas frases inspiradoras (como a da imagem). Curiosamente o meu "eu de hoje" identificou-se bastante com esta personagem, mas o meu "eu de antigamente" identificou-se e gostou muito mais de Daniel.

Este personagem é de facto bastante ingénua, sonhadora, mas estraga tudo com a questão da poesia. Daniel e Natasha são o oposto um do outro, o que em certas partes dá algum ênfase à sua nova relação, mas o amor instantâneo mais uma vez me pareceu muito fácil, apesar que neste livro foi unilateral e não bilateral como o outro. Encontrei alguns pontos em comum nas duas histórias por isso aconselho a lerem as duas bem espaçadas. As personagens são diferentes mas Nicola Yoon não resiste.

Cada capítulo tem um desenho que supostamente pretende simbolizar uma estrela ou um sol. São pormenores engraçados, mas nada de transcendente.

Posso dizer que o que mais gostei foram os pormenores históricos, que aparecem mais para a frente, que acabam por ser curiosidades interessantes e que nos deixam satisfeitos ao ler, mesmo não tendo nada haver com a história.

Detestei os capítulos com POVs que não fossem do casal protagonista, principalmente do pai desta. Não gosto mesmo os autores têm que incluir histórias paralelas, contadas por outro personagem, quando podem muito bem inclui-la ou contá-la pelos protagonistas. Assim dá a ideia que mais uma vez querem encher e espessar o livro. Mas para quê? Quantidade não é qualidade!

Sinceramente não sei se vou voltar a ler mais alguma coisa de Nicola Yoon. Já percebi que não nos compreendemos e por isso não acho que valha a pena ir à terceira ronda. Já dei as duas oportunidades da praxe.

Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

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