, , ,

Opinião Young Adult: ''More happy than not'' de Adam Silvera

janeiro 11, 2018 Mafi 0 Comments


Por influência de opiniões internacionais, sempre ouvi falar muito bem deste autor que tem apelido quase português mas é americano. Como sou extremamente influenciável por meia dúzia de opiniões positivas lá comprei este livro que já habitava aqui na estante há 7 meses. Como também a minha primeira leitura do ano não foi nada de especial, pensei ler algo virado para o YA e algo que ainda fosse recente, embora este livro já seja de 2015.

19542841Não se pode dizer que este livro seja grande. tem menos de 300 páginas mas é um livro TÃO TRISTE! A sério o livro deixa-nos depressivos com tanta tristeza e confesso que houve alturas em que foi difícil avançar na leitura porque era tudo tão negativo.

O livro apresenta-nos Aaron que vive no Bronx, com a mãe que trabalha demais e o irmão com que não se relaciona. Namora a Genevieve e apesar das dificuldades recentes da sua vida (o pai suicidou-se e ele também tentou o suicídio), Aaron até é feliz. Um dia conhece Thomas e entre os dois começa a criar-se uma amizade e companheirismo muito fortes. Esta união começa a colocar em dúvida os sentimentos do Aaron pelo Thomas. Como na sinopse já vem referido que o Aaron é gay, acaba por não ser surpresa a sua paixão pelo Thomas. A surpresa é saber se é correspondido ou não. 

Acho que este livro retrata bem a geração adolescente, especialmente dos bairros de Nova Iorque. O próprio autor viveu (ou vive) no Bronx e portanto não duvido que os costumes e brincadeiras do bairro faladas aqui, sejam relatos de vivências do próprio Adam Silvera. 

O que menos gostei foi mesmo a aura ''depré'' do livro, algo que não é costume em young-adults contemporâneos que muitas vezes são caracterizados como leituras mais leves, mas de leve este livro não tem nada, acreditem! O livro passa muito a mensagem de ''não vale a pena continuar a viver'' não só pela abordagem do suicídio mas é algo constante nos pensamentos e nas acções do Aaron e isso incomodou-me bastante, tratando-se de um livro de adolescentes. Até pode ser algo real (e se calhar foi por isso que fiquei tão incomodada) mas não é possível a vida de todos os amigos serem só tragédias. Isto deixava-me sem vontade de pegar no livro porque já sabia que ia ficar triste. 

Outra ''personagem'' importante no livro é o instituto Leteo, uma corporação que promete apagar as memórias infelizes dos seus pacientes, deixando-os muitos mais ''em paz'' com as suas vidas, pois não conseguem ter memórias e pensamentos negativos. O Aaron inscreve-se neste instituto tanto para apagar o sofrimento do pai como também para tentar corrigir a sua orientação sexual. 

Não posso dizer mais nada que não seja considerado spoiler mas digo que o livro está dividido em diversas partes e só gostei mesmo da última parte do livro que me surpreendeu pela sua linha temporal. De resto acho que é um livro indicado para quem seja gay mas já esteja assumido e não veja mal nisso, porque uma das mensagens que o livro passa é que ser gay é um problema e embora no fim o Aaron consiga aceitar-se como é, acaba por saber a pouco. Não é um livro que aconselhe a toda a gente, é um livro depressivo que nos deixa em baixo e a sentir que a vida é uma porcaria e não há luz ao fundo do túnel. Não acredito nisso, há sempre algo positivo, há sempre um lado bom. Quero acreditar nisso. 

Mesmo assim, quero dar pelo menos uma segunda oportunidade ao autor, embora os títulos dos outros livros dele já antecipem outra leitura depressiva. 


Part Eternal Sunshine of the Spotless Mind, part Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe, Adam Silvera's extraordinary debut confronts race, class, and sexuality during one charged near-future summer in the Bronx.
The Leteo Institute's revolutionary memory-relief procedure seems too good to be true to Aaron Soto - miracle cure-alls don't tend to pop up in the Bronx projects. But Aaron can't forget how he's grown up poor or how his friends aren't always there for him. Like after his father committed suicide in their one bedroom apartment. Aaron has the support of his patient girlfriend, if not necessarily his distant brother and overworked mother, but it's not enough.
Then Thomas shows up. He has a sweet movie-watching setup on his roof, and he doesn't mind Aaron's obsession with a popular fantasy series. There are nicknames, inside jokes. Most importantly, Thomas doesn't mind talking about Aaron's past. But Aaron's newfound happiness isn't welcome on his block. Since he's can't stay away from Thomas or suddenly stop being gay, Aaron must turn to Leteo to straighten himself out, even if it means forgetting who he is. 

 

0 Comentários:

Dar feedback a um post sabe melhor que morangos com natas e topping de chocolate!